• Confira a tabela de classificação das Eliminatórias.
  • O presente que Carlo Ancelotti se deu na noite em que completou 66 anos foi a tranquilidade. O gol de Vinícius Júnior lhe concede a tranquilidade por ter cumprido suas primeiras missões com a Seleção. Confere-lhe calma para continuar o ano de trabalho que terá até o início da Copa. E, acima de tudo, sai da Arena Itaquera com a serenidade de quem em apenas duas partidas proporcionou a melhor atuação da Seleção desde sabe-se lá quando.

    Os jogadores menos rodados da Seleção devem ter estranhado. Os mais antigos devem ter reativado boas lembranças. Depois de um ciclo de más atuações e tropeços, o Brasil terminou o primeiro tempo aplaudido pelos torcedores presentes na Arena Itaquera. Elogios por uma atuação, acima de tudo, animada.

    Não foi um massacre, mas o time de Ancelotti se impôs do primeiro ao último minuto. Afora uma bola parada com finalização de Cáceres, o Paraguai não chegou nas proximidades da área de Alisson. Na outra ponta do campo, Gatito Fernández tentou de todas as formas amorcegar o jogo. O máximo conseguido foi adiar o 1 a 0 brasileiro até os 43 minutos do primeiro tempo.

    O ímpeto do Brasil não criou um alto volume de oportunidades. Porém, foi o suficiente para não dar sossego ao adversário. Um enxame de brasileiros corria atrás da bola cada vez que ela era perdida. Boa parte da primeira etapa teve os 10 jogadores de linha brasileiros no campo do adversário.

    O gol saiu em lance intimamente ligado com as escolhas de Ancelotti. Raphinha voltou ao time pelo lado direito. A jogada iniciou com ele envolvido por três oponentes. Dali a bola partiu para Matheus Cunha, ex-centroavante e nesta partida meia, outra mudança realizada pelo italiano. O novo contratado do Manchester United cruzou para a pequena área, lá onde residem os centroavantes. Lá onde estava Vini Jr., escalado como o atacante mais avançado. O jogador do Real Madrid se atirou em direção à bola para abrir o placar.

    Até o gol, a Seleção criou quatro lances de alguma importância. A primeira em chute fraco de Raphinha nas mãos do goleiro. A segunda oportunidade, foi um ensaio para o lance do gol. Cruzamento de Matheus Cunha em direção a Vini Jr. Desta vez, o camisa 10 chegou atrasado.

    Matheus Cunha teve na sua cabeça a chance de fazer o primeiro gol da Era Ancelotti. Na pequena área, seu cabeceio tomou direção lateral ao invés de se dirigir ao gol.

    Segundo tempo

    Até os 13 minutos, o segundo tempo foi uma continuação da primeira metade da partida. A Seleção pressionou, insistiu e teve uma boa chance. Em uma blitz, Bruno Guimarães finalizou por cobertura. A bola ou sobre Fernández e cairia dentro do gol não fosse o aparecimento da cabeça de Cáceres.

    A partir dali, o Paraguai cresceu. O Brasil se encolheu um pouco e teve maior preocupação defensiva. Foram duas jogadas com capacidade de assustar. Aos 15, Alex Sandro errou pela esquerda. O chute de Sarabia foi forte, mas na direção de Alisson. Depois, Junior Alonso cabeceou depois de cobrança de escanteio. A bola ou perto.

    Com Raphinha, os brasileiros quase ampliaram. Com um tapa de esquerda, chutou no canto, mas ao alcance do goleiro. E com algum de seus melhores momentos em tempos recentes, a Seleção Brasileira garantiu o seu lugar em mais uma Copa do Mundo.

    Confira a entrevista de Ancelotti:

    Eliminatórias — 16ª rodada — 10/6/2025

    BRASIL (1)

    Alisson; Vanderson (Danilo, 43’/2ºT), Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro (Beraldo, 28’/2]T); Casemiro, Bruno Guimarães, Raphinha; Martinelli e Matheus Cunha (Gerson, 32’/2ºT); Vinicius Junior (Richarlison, 32’/2ºT). Técnico: Carlo Ancelotti.

    PARAGUAI (0)

    Gatito Fernández; Cáceres, Gustavo Gómez, Alderete e Junior Alonso (Sández, 40’/2ºT); Cubas, Diego Gómez (Ángel Romero, 15’/2ºT), Villasanti (Bobadilla, 15’/2ºT) e Almirón (Gamarra, 40’/2ºT); Enciso e Sanabria (Ávalos, 23’/2ºT). Técnico: Gustavo Alfaro

    GOL: Vini Jr., aos 43min do 1º tempo

    CARTÕES AMARELOS: Vini Jr., Bruno Guimarães (B); Junior Alonso (P)

    ARBITRAGEM: Jesús Valenzuela, com Jorge Urrego e Tulio Moreno. VAR: Juan Soto (quarteto venezuelano)

    PÚBLICO: 46.014

    LOCAL: Arena Itaquera, em São Paulo

    Próximo jogo

    Quinta-feira, 4/9 

    Brasil x Chile

    Eliminatórias (17ª rodada)

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