Para orientar quem está pensando em investir em monitoramento eletrônico, Zero Hora preparou um guia para apontar os principais critérios a serem considerados na hora da compra, desde o tipo de câmera até questões de armazenamento, conectividade e privacidade.
Também é possível conferir o review de outros produtos no ZH indica.
Conforme Marco Giroto, empresário e especialista em tecnologia, o primeiro o é saber exatamente onde e o que se deseja monitorar.
— É para a porta de casa? Dentro de casa? Ou lá fora? Cada ambiente pede um tipo diferente de câmera — orienta.
Segundo ele, quem busca um equipamento durável e eficiente deve priorizar modelos com resolução mínima Full HD (1080p), áudio, visão noturna com infravermelho e slot para cartão de memória. Se o orçamento permitir, optar por uma câmera homologada para inteligência artificial (IA) pode ser um diferencial, pensando no futuro.
— Com o avanço da IA, essas câmeras vão poder, em breve, identificar moradores, alertar sobre estranhos e até detectar situações de perigo, como alguém se machucando ou um idoso desmaiando. Algumas dessas funções ainda são experimentais, mas a evolução da tecnologia é rápida, e logo se tornarão comuns — explica Giroto.
Além da tecnologia embarcada, há diferenças entre os modelos voltados ao uso residencial e os indicados para estabelecimentos comerciais.
Em casa, a prioridade costuma ser a praticidade: conectividade wi-fi, alertas no celular e áudio bidirecional, por exemplo. No comércio, ganham importância a robustez, o campo de visão amplo, a integração com sistemas de segurança e recursos avançados de IA.
— Algumas câmeras comerciais já conseguem contar quantas pessoas entraram na loja, analisar o perfil dos clientes e até medir o humor de quem está no ambiente. No meu empreendimento, estamos testando câmeras que avaliam se um aluno está gostando da aula — conta Giroto. — Tudo isso, claro, com consentimento e seguindo normas de privacidade — completa.
Na hora de escolher, é fundamental entender os diferentes tipos de tecnologia disponíveis. Um dos modelos mais tradicionais é a câmera analógica, com custo mais ível e que não depende de conexão com a internet. No entanto, exige cabos e um circuito interno de TV (CFTV) para funcionar. As imagens são enviadas a um gravador digital de vídeo (DVR), que converte o sinal analógico e realiza o armazenamento.
Mais moderna, a câmera IP transmite imagens em formato digital, com maior qualidade. Ela utiliza um cabo PoE (Power over Ethernet), que transfere dados e fornece energia ao mesmo tempo. Esse tipo de câmera pode ser conectada à internet, possibilitando o monitoramento remoto e o armazenamento em nuvem ou por meio de NVRs (gravadores de vídeo em rede).
A mais versátil é a câmera wi-fi, ideal para quem busca praticidade. Ela se conecta à rede sem necessidade de cabeamento para transmissão de dados, embora ainda exija alimentação elétrica. As gravações podem ser armazenadas em cartão de memória, na nuvem ou em ambos, e o o às imagens ao vivo é feito facilmente pelo celular.
A qualidade da imagem é um fator determinante. Para garantir gravações nítidas, especialmente em ambientes externos ou grandes áreas, recomenda-se resolução mínima Full HD (1080p).
Esse nível facilita a identificação de rostos, placas de veículos e pequenos detalhes, mesmo com uso de zoom. Modelos mais avançados oferecem resolução 4K, geralmente disponíveis nas versões IP e wi-fi.
— Uma boa qualidade significa ter resolução alta e visão noturna eficaz. De preferência, colorida, com fluidez no vídeo e sem “engasgos”. Isso faz toda a diferença em momentos críticos — destaca Giroto.
Câmeras sem fio com alimentação por bateria são ideais para locais sem tomada por perto ou para garantir funcionamento em caso de queda de energia. Ao optar por esse modelo, é importante verificar a autonomia da bateria e, se possível, posicionar o equipamento próximo a uma fonte de energia para facilitar o recarregamento.
— O ideal é que o sistema tenha indicador no aplicativo, para que o usuário não seja pego de surpresa. E lembre-se: a bateria é sua proteção extra em caso de corte de energia — recomenda o especialista.
A segurança digital também merece atenção. Senhas fracas ou não alteradas podem expor as imagens a os indevidos. Para evitar problemas, Giroto recomenda a troca da senha padrão, a atualização constante do firmware (programa embutido no aparelho) e usar uma rede wi-fi segura.
— É assustador, mas já existem sites que am câmeras do mundo todo por falhas simples de configuração — alerta.
Além disso, é importante pesquisar sobre o fabricante e desconfiar de propagandas exageradas.
— Muitos modelos se dizem Full HD ou 4K, mas entregam muito menos. E alguns têm bloqueios que impedem o uso com softwares de gravação em nuvem ou rede local — diz o especialista.
A capacidade de armazenamento também deve ser avaliada. Quanto maior a resolução, maior o tamanho dos arquivos gerados. Por isso, é importante conferir se o modelo salva em cartão de memória, HD externo, armazenamento interno ou na nuvem.
Em alguns casos, pode ser necessário investir em um disco rígido com boa capacidade, para garantir que os registros fiquem salvos por tempo suficiente.
A instalação correta e o respeito à privacidade são indispensáveis. O ideal é posicionar a câmera de forma estratégica, longe da luz solar direta, e evitar pontos de fácil o ou risco de vandalismo.
— E sempre sinalize a presença de câmeras em ambientes comerciais. A gravação sem aviso pode ser considerada invasiva ou até ilegal — complementa Giroto.
Além dos aspectos técnicos, vale observar funcionalidades extras que trazem mais eficiência ao sistema. Em áreas externas, a câmera deve ter proteção contra água e poeira.
O sensor de movimento é útil para emitir alertas em tempo real no celular. A visão noturna ou infravermelho garante imagens mesmo em baixa luminosidade.
Modelos com movimentação automática permitem alterar o ângulo de visão remotamente. A qualidade da lente influencia diretamente o campo visual da câmera.
O áudio bidirecional possibilita conversar com quem está do outro lado, ideal para quem monitora crianças, pets ou usa a câmera como interfone.
Para casas com dispositivos inteligentes, a integração com assistentes virtuais otimiza o controle por comando de voz.
E, nas câmeras wi-fi e IP, a configuração via aplicativo torna o uso mais intuitivo, mesmo para quem não tem familiaridade com tecnologia.
É fundamental saber o que você quer monitorar e onde: entrada da casa, áreas internas, garagem ou comércio. Isso influencia o tipo de câmera, a tecnologia e os recursos ideais.
Ambientes externos exigem modelos resistentes à água e poeira.
Há três principais tecnologias:
Sim, muita. Uma boa câmera precisa ter no mínimo resolução Full HD (1080p) para identificar rostos, placas de veículos e detalhes importantes.
Modelos mais avançados chegam a 4K e são ideais para áreas amplas ou movimentadas.
Câmeras com infravermelho ou visão noturna colorida são essenciais para monitorar o ambiente à noite ou em locais com pouca luz. Isso garante imagens úteis em qualquer horário.
Alguns modelos funcionam ligados na tomada, outros usam bateria. A vantagem da bateria é manter a gravação mesmo em queda de energia.
Verifique a autonomia e, se possível, escolha modelos que tenham opção de carregamento solar ou indicador de carga no app.
Troque a senha padrão por uma forte, atualize sempre o firmware e o app, e use uma rede wi-fi segura. Muitos ataques a câmeras ocorrem por descuido com esses itens básicos.
As imagens podem ser salvas em cartão de memória, HD externo, serviços em nuvem ou todos eles.
Quanto melhor a resolução da câmera, maior será o espaço necessário. Verifique o custo de armazenamento em nuvem, se houver.
Pesquise sobre o fabricante, leia avaliações de outros consumidores e desconfie de especificações boas demais por preços muito baixos.
Algumas marcas vendem câmeras que dizem ser Full HD ou 4K, mas não entregam essa qualidade.
Evite pontos de fácil vandalismo, e posicione a câmera em locais com boa visibilidade. Cuidado com a luz do sol de frente, que pode atrapalhar a imagem.
Em ambientes comerciais, sinalize a presença das câmeras para respeitar a legislação.
Evite instalar câmeras em áreas sensíveis ou íntimas. Em locais públicos ou comerciais, sempre informe sobre a presença do monitoramento.
É essencial respeitar a privacidade de terceiros e seguir a legislação vigente.
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